FRACASSOS DA GERAÇÃO PASSADA? O QUE ACONTECEU COM O MERCADO DE JOGOS DE HORROR?



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O que aconteceu com o mercado de jogos de horror em nossa antiga e ainda viva geração de games? Games que surgiram nos primórdios do consagrado Playstation 1, que deram continuidade no PS2 e fizeram você pular da cadeira, não conseguir dormir, sempre ter uma luz acesa ao passar por aquele corredor. Mas será que isso se apagou com o tempo?

Vimos inúmeras vezes propagandas fazendo com que games não tão bons, pareçam obras primas antes do lançamento. Já outras vezes nem isso adiantava, até antes de seus lançamentos, certos games nem chegaram a empolgar o público. O que era recheado com várias opções de qual game de terror ou até suspense podíamos jogar, hoje se torna uma lista um tanto desvalorizada e pequena. 

Ao ponto de ter como contar nos dedos os jogos um tanto medianos na geração dos bons gráficos. Sim o Xbox 360 e o Playstation 3 nos deixaram muito animados com a promessa de gráficos jamais vistos em jogos. Se comparados aos consoles anteriores cumpriram bem o papel, mas as produtoras foram deixando de lado aquilo que construíram com tanto suor durante duas gerações.


Já falamos sobre isso

Em toda a indústria de games é perceptível o quanto o mercado de jogos de horror ficaram escassos. O pessoal da Brasil Gamer já fez artigos mostrando os mais brilhantes jogos da era do PS1 e PS2. Mas sobre a 7a geração de consoles não existia um conteúdo enorme para ser detalhado. Mas as esperanças de que até o final da geração tivéssemos alguma novidade ou anuncio para os consoles foi tudo por água abaixo, isso porque muitos dos jogos que mais se destacaram nos últimos anos acabaram pegando outro rumo, alguns para a ação, outros tentaram, mas não conseguiram nem se quer um toque de Survival Horror que tinham nos games anteriores. A 7a geração está praticamente em seu final de vida e as chances disso acontecer são pequenas. Então abaixo temos uma lista dos jogos deste gênero que chegaram ao Xbox 360 e PS3, sendo eles bons ou não.


Silent Hill: Homecoming

Homeconming foi umas das primeiras promessas de um Survival Horror para a tal nova geração, trazendo gráficos melhores e uma campanha sombria. O game chegou a melhorar e muito o sistema de combate, já a história se mantém bem parecida com o que já conhecemos no universo de Silent Hill, o protagonista em busca de uma outra pessoa. Neste caso um veterano de guerra a procura de seu irmão desaparecido. Os gráficos ficaram bons e promissores para a época e a jogabilidade não teve grandes alterações, porém o combate ficou mais fácil.


Silent Hill: Downpour



Downpour prometeu mudanças em algumas coisas presentes nos jogos anteriores. Quando chegou às lojas apresentou uma mecânica mais refinada, gráficos bonitos em um ambiente totalmente hostil, e um protagonista que nunca havia sido mostrado. Dessa vez estamos no controle de um presidiário, Murphy Pendleton, que ao desenrolar do game descobrimos mais sobre o teu passado. 

Diferente do homem bonzinho (o de sempre) nos jogos de terror, você é o cara mal que acaba indo para Silent Hill após um acidente no ônibus que o transportava. Como todos sabemos, tudo acontece por um motivo em Silent Hill e é isso que você terá que descobrir. Por mais que muitas mudanças tenham acontecido, Downpour não foi lá muito bem recebido.


Dead Island

Acho que todos conhecemos Dead Island, o jogo que chamou a atenção de toda a indústria dos games com um trailer pra lá de emocionante, que ganhou diversas premiações, mostrou que um bom trailer não significa um bom jogo. Não é que Dead Island seja um jogo ruim, mas o resultado final é totalmente diferente daquilo que esperávamos por um jogo de zumbi, e tudo por causa do próprio marketing que a empresa responsável pelo desenvolvimento fez. 

A campanha do jogo foi um tanto decepcionante, mesmo com um mundo aberto para a exploração, com pouco para fazer nele, a mecânica acaba funcionando de forma mediana, e os gráficos são um dos pontos legais do game. Sobre o segundo título da série, o Riptide, não tem muito o que falar, já que trás exatamente tudo o que vimos no no game anterior com algumas melhorias. 

Dead Island Riptide - Gameplay trailer


Resident Evil 5

Residente Evil 5 foi o jogo que estreou na nova geração. Os gráficos por mais que sejam prá lá de antigos em comparação com os novos jogos ainda impressiona. RE5 foi muito bem recebido pelo público, trazendo um modo co-op muito bem produzido. O jogo conseguiu cativar os fãs da série, mas zumbis com metralhadora? Sim, os zumbis ao pé da letra praticamente não existem no game, sob as raízes de Resident Evil 4 onde o game conta mais com servos como inimigos, nada daquilo que nos deixou morrendo de medo em Resident Evil 1, 2 e 3.


Resident Evil 6


Mesmo tetando se dividir em diferentes campanhas e mostrar que ainda pode produzir um game de terror, Resident Evil 6 não cumpre totalmente seu papel. Os principais detalhes do game estão por conta dos personagens presentes na campanha, relembrando velhos companheiro e menções a acontecimentos de antigos jogos da série, que faz qualquer veterano feliz. Mas assim como em Operation Raccoon City (não me obriguem a falar deste) os bugs lhe farão ter vontade de jogar o controle longe. Fora isso tem aqueles momentos que parece que está jogando um Battlefield ou COD ao invés de um jogo de Survival Horror (ou que era para ser). 


Resident Evil: Revelations

Resident Evil: Revelations revela aquela luz no fim do túnel, onde acreditamos que ainda existe esperança. Se os futuros títulos da Capcom pegassem Revelations como referencia teríamos nossa querida série renovada.

Inicialmente como um jogo apenas para o portátil da Big N, Revelations 3D foi um dos maiores lançamentos para o 3DS. Com gráficos similares ao dos consoles e efeito 3D de ponta, o jogo impressionou do começo ao fim. Tanto que esse sucesso todo rendeu novas versões para PC e consoles de mesa. O game é ambientado em um em um cruzeiro e trás a famosa Jill Valentine junto com um novo personagem, Parker. São diversas horas de MEDO e diversão em um navio totalmente cheio de monstros e humanos para matar. Seja em um 3DS ou em um console de mesa, Resident Evil: Revelations vale a pena para qualquer fã da série.

Resident Evil: Revelations - Trailer da versão para Wii U



Left 4 Dead 1 e 2

O jogo da Valve que mostrou o que centenas de zumbis podem fazer com você e seus amigos. Left 4 Dead foi responsável por você ficar com medo só de aparecer em sua tela "Ataque eminente". O jogo não é lá terror, mas mostra campanhas legais para passar horas com seus amigos em partidas online. Tudo o que o primeiro game já havia mostrado o segundo trouxe de uma forma muito mais aprimorada. Gráficos mais detalhados, novos zumbis e campanhas mais trabalhadas.


Dead Space 1

A franquia Dead Space originou diretamente na 7a geração e certamente está entre os melhores jogos de terror para os consoles. O primeiro game trás uma campanha medonha repleta de monstros horríveis. A história dá inicio quando o personagem Isaac Clarke parte em busca de sua amada Nicole Brennan. Existe até um easter egg famoso no game a respeito dos capítulos, onde a primeira letra de cada um lhe fará uma surpresa.


Dead Space 2

Partindo para Dead Space 2, o protagonista está em tratamento mental por tudo o que ocorreu no jogo anterior, o cara agora, foi diagnosticado com síndrome de estresse pós-traumático, esquizofrenia crônica e paranoia, se isso não bastasse a colonia onde ele está é atacada pelos alienígenas do primeiro game, mesmo não sendo a mesma pessoa de antes dos acontecimentos, ele será o cara certo para os novos desafios. Dead Space 2 conseguiu trazer o terror para o segundo game ainda mais forte, eventos aleatórios durante a jogatina lhe fará querer não ter começado o jogo. E com modo multiplayer o jogo consegue lhe dar mais horas de diversão 


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Dead Rising 1

Zumbis fazem sucesso e não é só nos filmes, os jogos estão repletos deles, uns pegam outros caminhos, já outros tentam mostrar que zumbis por mais lentos que sejam podem ser letais e macabros. Dead Rising 1 mostrou como um game de zumbis pode acabar sendo divertido e ao mesmo tempo impressionante mostrando uma atmosfera pouca vista nos jogos do gênero, como matar centenas de zumbis prontos para comer qualquer um em um enorme shopping center. Outra coisa reconhecida na série é o sistema de montar da forma mais criativa e estranha possível suas próprias armas ou usar uma vasta opção disponível nas lojas que encontrar no shopping.


Dead Rising 2

Em Dead Rising 2 as coisas mudam um pouco, mas as semelhanças com o primeiro game são obvias. Com uma história melhor e um sistema de criação de armas bem mais evoluído é com toda certeza um bom game para passar um tempo matando milhares de zumbis. Dessa vez você toma o controle de um pai desesperado por salvar sua pequena filha infectada por uma mordida de zumbi. Seu objetivo? Conseguir de alguma maneira fazer sua filha sobreviver por três dias até a chegada do exercito na cidade, mas o único modo dela sobreviver é dando um remédio chamado Zombrex, que pode ser adquirido de várias maneiras no game, uma mais difícil e insana que outra. 


BioShock

Inicialmente lançado apenas para Xbox 360 e depois de um ano para PS3, BioShock foi motivo de alegria para muitas pessoas, por trazer para muitos uma nova imersão no mundo dos games. Para a época, gráficos de ponta e jogabilidade fácil fazia o jogo ser incrível em muitos aspectos. Sua história é muito bem detalhada, então prestar atenção não é uma opção, tudo o que você encontrar pelo jogo vale a pena parar e ler. Seu arsenal de armas é grande e os inimigos um tanto diferenciados. Lutar com Big Daddys e pequenas garotinhas nada indefesas vai lhe fazer passar horas de diversão. 


Alan Wake


Um dos jogos mais empolgantes presente no xbox 360, Alan Wake consegue suprir toda (ou quase) a vontade de um jogo de terror. Com uma das melhores narrativas em um jogo, você toma o controle de um famoso escritor em busca de sossego. Sem conseguir escrever por quase 2 anos, Alan acaba aceitando ir para uma pequena cidade do interior com sua esposa à passeio, em uma casa no campo. O que ele menos esperava é que após uma discussão com sua mulher, Alice, acabaria com ela sendo raptada por forças sombrias. Agora seu objetivo é salvar ela da escuridão.

Alan Wake passou muito tempo em produção, onde para muitos o jogo nem seria mais lançado, após muita espera o jogo saiu e foi definitivamente bem aceito com ótimas criticas. Durante o jogo, Alan terá que enfrentar forças da escuridão, uma especie de zumbi consumido pelo mal, seu único jeito de sobreviver é por meio da luz, durante a história o protagonista encontra páginas de um manuscrito, nele contando exatamente o que Alan está fazendo, como se ele fizesse parte de uma história. Ler páginas que ainda não aconteceram aumenta a tensão fazendo você levar sustos a todo momento.

Em termos gráficos o jogo recebe elogios, mas as animações automotivas são travadas e estranhas, outro ponto negativo fica por conta dos inimigos, que não são muitos. Por conta de uma narração envolvente, isso acaba passando despercebido. 


Siren: Blood Curse

Siren: Blood Curse chegou ao Playstation 3, o PS2 chegou a receber dois títulos da série que se tornou única em mostrar um terror completamente perturbador (e não falo isso brincando), Blood Curse é quase um remake do primeiro jogo. O jogo se passa em uma pequena vila, Hanuda nas montanhas do Japão. Você está no controle de um grupo de jornalistas americanos entre eles uma criança, que vão lá para investigar um enorme mistério que assola o local.

Tudo até poderia dar certo se não fosse por um simples motivo. Todos os moradores da vila fazem rituais macabros com sacrifícios humanos para uma seita, se já não bastasse isso, esse ser maligno para o qual eles faziam o ritual, acabou tendo controle de suas mentes. Eles não são bem zumbis, seus nomes são shibitos, uma espécie de servos.


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Mesmo passando seis anos de seu lançamento, Siren ainda tem ótimos gráficos, é claro que há momentos que você percebe que o jogo não é novo, mas tudo foi muito bem detalhado e trabalhado para ter um resultado incrível. Ao nível que sua campanha avança, você irá controlar diferentes personagens, lembra da garotinha que foi junto? Sim, até com ela você irá se assustar e se aventurar. 

Os shibitos por outro lado são malignos. Em determinados momentos o pause é a melhor solução para se recompor, porque ouvir eles caminhando já é difícil quando está escondido e torcendo para não ser encontrado, mas o pior, é ouvir as falas de ameaça (em japonês), ou se isso não basta, tem momentos em que a tela se divide e mostra o que eles estão vendo. Tudo isso com uma trilha sonora totalmente feita para cada momento. Siren: Blood Curse não é só um remake, e sim, um jogo que mostra o que é ser perturbador, macabro e medonho. Disponível apenas para o PS3, ainda sim vale a pena ser jogado, por qualquer um que tenha muita coragem.


PC é uma saída

Sim, sabemos que está faltando alguns jogos de peso nesta lista, porém os jogos para PC receberão uma lista própria para o tema. Também, diferente dos consoles o PC é repleto de jogos de terror, muitos deles vieram como mod que certamente inspiram produtoras de jogos AAA e indie a produzir novas experiências.

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